Você tem a sensação de que sai de um relacionamento e entra em outro, mas se depara com os mesmos problemas? Você se encontra em relações que repetem certos padrões, como falta de compromisso, traição, relações de poder desiguais, medo e inseguranças? Talvez até se identifique como “dedo podre”, não é mesmo?
Se for seu caso, talvez seja a hora de pensar sobre como anda a qualidade dos seus relacionamentos amorosos. Acompanhe essa post para entender como você pode estar encarando as suas relações amorosas, e o que é possível fazer de diferente.
Diferentes pessoas, mesmos relacionamentos
É só uma questão de gosto quando selecionamos um(a) parceiro(a), ou há critérios de maior importância que orientam a busca por certas pessoas para se relacionar? Acho que essa pergunta é um bom ponto de partida, pois aponta para quem somos, quem gostaríamos de ser e como nos posicionamos no mundo.
A pessoa que você quer ao seu lado tem a ver com quem você é hoje em dia, ou com quem você gostaria de se tornar? Nesse relacionamento, você se comporta do mesmo modo que em outras relações cotidianas?
A escolha de estar com alguém é livre, mas nem sempre temos consciência disso quando agimos no modo automático. E isso acontece quando o maior foco é buscar no outro uma completude, um ideal de companhia que complementaria ou supriria um lugar que ninguém, ao não ser a própria pessoa, conseguiria ocupar.
E agora, como conseguir sair desse modo automático e parar de ter relacionamentos ruins?
COMO MELHORAR A QUALIDADE DOS RELACIONAMENTOS
AVISO: Não darei uma fórmula pronta para essa pergunta, mas levantarei algumas hipóteses e reflexões que possam te ajudar a chegar nas próprias respostas. Vamos lá!
Sair de um relacionamento e cair em outro, sem ter um tempo para entender o que se passou, significa arriscar repetir a mesma história, e isso por causa de alguns fatores:
1) Você só lê sinais que apontariam que aquela pessoa é ideal para você, enquanto ignora outros que contradizem essa certeza. Entendo que no início vemos o outro com lentes cor de rosa, mas muito dessa lente está sendo colorida pelas nossas expectativas. Já parou para pensar quais são as suas expectativas nos relacionamentos? Elas são realistas, e estão sendo respeitadas?
2) Você não consegue perceber sendo a si mesmo em certos relacionamentos. Muitas vezes a pessoa se perde na outra ou naquilo que acha que deveria ser, para manter o afeto de quem se ama. Chega num ponto de emaranhado: eu sou o casal, eu sou alguém para o outro, mas quem eu sou para mim mesmo(a)?
3) Você fica na esperança de que o outro irá mudar. As vezes até consegue perceber que tem algo te desagradando, mas quer dar um voto de confiança que o outro irá se transformar naquela pessoa incrível que você tanto deseja ter ao seu lado. É difícil aceitar as coisas como elas se apresentam, mas por vezes é necessário “cair na real”.
4) Você sabe qual é o (seu) sentido de estar um relacionamento amoroso? Talvez seja algo que você aprendeu ser necessário ter para não acabar sozinho(a) na vida, ou talvez estar só, com sua solitude, é algo estranho e causa medo. Se questionar é se colocar de modo ativo nas escolhas por relacionamentos, e não somente aceitar aparências e promessas.
Se ao fim desta postagem, você se percebeu confuso(a), com mais dúvidas ou se identificou de alguma maneira, talvez seja uma boa hora para buscar ajuda profissional. Uma psicóloga irá facilitar o processo de autoconhecer-se, e de cultivar a boa autoestima, a fim de sair de um padrão de relacionamentos de baixa qualidade.