Passar um tempo sozinho pode ser uma forma de autocuidado. É muito fácil nos distanciarmos das nossas próprias necessidades e sentimentos, principalmente na correria do dia a dia. Quando estamos fazendo alguma atividade, nossa mente já está na próxima, vivemos sobrecarregados, ocupados, ansiosos e quando tiramos um tempo para nós, costuma ser na frente da TV ou do celular.
Entramos no modo vida “piloto automático”, trabalho, casa, afazeres diários, mal temos tempo ou dedicamos tempo as coisas que realmente importam, vamos reproduzindo comportamentos sem refletirmos os porquês.
Esse “tempo para nós” na frente da TV ou do celular, pode ser positivo também, mas só esse tipo de atividade dedicada a nós mesmos, não exerce o papel de nos permitir uma reflexão, um contato interior, então não basta.
As vezes precisamos de um tempo afastados do mundo e das pessoas, um tempo dedicado exclusivamente ao resgate do contato interior, a reflexão acerca das nossas mais profundas e verdadeiras necessidades, sentimentos, pensamentos, vontades e impulsos. Um tempo para analisarmos a nossa vida, escolhas e atitudes diárias.
E isso não quer dizer enfrentar todos os problemas sozinhos, mas sim tirar um tempo para se reconectar com os aspectos do nosso eu.
Passar um tempo sozinho pode também favorecer o aprendizado, o pensamento, a inovação e a continuidade do contato com o mundo interior, e serve como um recurso importante quando se faz necessário mudanças de atitudes mentais e reavaliação do significado da existência.
Exercite essa prática, pode ser difícil, principalmente no começo. Há várias formas para facilitar esse contato interno, cada um deve encontrar a melhor maneira para isso, de acordo com o seu perfil. Pode ser com a prática de yoga, meditação, introspecção, pintura, e várias outras possibilidades.
Passar um tempo sozinho pode ser tão curativo quanto o apoio emocional.
E um não exclui o outro.
“Almejo mergulhar na solidão e no silêncio, para encontrar-me” (Helena Kolody)
——————————————————