No início do ano de 2023, um dado alarmante veio à tona, revelando que quase 80% das mulheres brasileiras se encontravam em situação de endividamento, conforme apontado por um levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse cenário suscita uma profunda reflexão sobre os fatores que contribuem para essa realidade e sobre a importância de abordar questões financeiras específicas que impactam as mulheres.
Ao mergulharmos nesse dado preocupante, é crucial compreender as razões por trás do endividamento expressivo entre as mulheres. Questões como desigualdade salarial, acessibilidade a oportunidades de educação financeira e a presença de estereótipos de gênero que afetam as decisões podem ser fundamentais para entender esse fenômeno. Ao abordar esses aspectos, buscamos não apenas compreender o problema, mas também promover soluções e empoderamento financeiro.
O impacto do endividamento vai além das questões econômicas, permeando o campo emocional e afetando a qualidade de vida das mulheres. A pressão social, a falta de equidade no mercado de trabalho e a falta de acesso a recursos financeiros adequados são desafios que precisam ser enfrentados. Nesse contexto, torna-se imperativo promover iniciativas educativas, programas de conscientização e políticas que visem criar condições mais equitativas para o público feminino.
O levantamento da CNC não apenas evidencia um problema, mas também serve como um chamado à ação. Ao reconhecermos essas estatísticas, nos comprometemos a construir uma narrativa diferente para as mulheres brasileiras, pautada no empoderamento financeiro, na igualdade de oportunidades e no fortalecimento da autonomia econômica. Através do diálogo, da conscientização e da promoção de mudanças estruturais, podemos almejar um futuro em que as mulheres estejam menos suscetíveis ao endividamento e mais capacitadas a tomar decisões financeiras conscientes e seguras.
Psicóloga Regina Lopes