Algumas pessoas me procuram para poder não mais sofrer. É claro que a princípio eu não entendo muito bem, pois essa afirmação abarca todo e qualquer sofrimento possível e impossível. Mas assim que começa a descrever sua angústia, vai sendo possível filtrar em qual área, grau e causa do seu sofrimento, e com isso vai a materialização do motivo, e só depois de conhecido é que o trabalho literalmente começa. Aqui é bom deixar claro que o diagnóstico da área, grau e causa do sofrimento não deixa de ser um bom trabalho, por vezes demorado. No entanto, quando afirmo que o trabalho só começa depois de entendida toda essa situação é porque a partir desse momento é que o paciente vai ser chamado a assumir sua parte no tratamento, e é muitas vezes aqui que o trabalho se arrasta. 
Quando afirmo que entender o sentido do sofrimento é a chave para sua resolução, quero dizer que ninguém, absolutamente ninguém, está isento de sofrimento enquanto se viver. Evidentemente não é por falar em sentido que se deve buscar sofrer. No entanto, não há quem possa levantar a mão e dizer que nunca sofreu. Viktor Frankl, criador da logoterapia, afirma que o sofrimento é inerente ao ser humano, e por isso não se trata de uma doença; e que, eventualmente, o não-sofrer é que pode ser uma doença. 
Alguns teóricos chamaram “o sentido e o princípio” de mecanismos de defesa, sublimações de reações. Entretanto, Frankl responde que muito além de viver numa espécie de fantoche dos mecanismos de defesas, ou melhor, do inconsciente, o homem é capaz de viver e inclusive de morrer pelos seus ideias e princípios. E isso, aos mais atento, é responsabilizar o indivíduo por suas atitudes, afirmando ser elas conscientes e fruto de livre vontade. E aqui vale citar Goethe: “Não existe nenhuma situação que não possa ser enobrecida seja agindo, seja aceitando”. E vale citar também santo Agostinho, quando afirma “Ó homem, não está em tua mão sofrer ou não sofrer, mas se no sofrimento tua vontade se degrada ou se dignifica”.
Portanto, mais que vociferar insultos e reclamações, cabe a cada um em seu momento adverso encontrar o sentido. Tanto nas alegrias como nas tristezas e sofrimentos, o sentido deve ser encontrado, não inventado. Certa vez Frankl atendeu um clínico geral aposentado que havia a um ano perdido a esposa . O médico recorreu a ele(Viktor) por não conseguir afastar a dor da perda da esposa. Foi quando Frankl perguntou “e se no lugar dela, você tivesse morrido antes?”. Neste momento o médico disse “Nem pensar! Ela ia ficar desesperada.” A partir desse momento o terapeuta Viktor Frankl só precisou chamar a atenção de que a morte de sua esposa lhe poupou todo o sofrimento e a forte saudade. Naquele momento o seu sofrimento um sentido: o sentido de um sacrifício. Encontrar o sentido é a chave para superar o sofrimento.

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