Atualmente estamos passando por um momento difícil e que está trazendo à tona as emoções, mas de uma forma confusa. As pessoas sentem insegurança, raiva, mágoas, ansiedade e tantos outros sentimentos que se misturam e são prejudiciais tanto física quanto psicologicamente. E isso está bastante relacionado ao que está acontecendo mundialmente (a pandemia), afetando a saúde mental de todas as pessoas e, quanto mais se afastam de si, logo não conseguem entender exatamente o que está acontecendo, mais conflitos acontecem. Então, os sentimentos de urgência (que é aquele sentimento que a pessoa fica acelerada, incomodada e na correria o tempo todo, sentindo que tudo precisa sair exatamente como planejado) e de autopreservação (que é um instinto básico para manter a vida, inato a todos os organismos, inclusive os seres humanos) acabam por desencadear um embate psíquico que, em casos mais acentuados pode chegar ao físico. Ou seja, o posicionamento é de defesa ou ataque, e se não houver meio termo isso fará com que as relações estremeçam e as pessoas sofrerão ainda mais.
Durante toda a existência, as pessoas aprenderam como lidar com o outro, a importância de ter alguém por perto, e o quanto isso nos torna mais fortes em muitos aspectos. Antes, o outro era visto como um porto seguro, um ombro amigo, uma possibilidade de conversa amigável e troca de carinho. Mas, em tempos de pandemia, essa troca de afeto físico precisou ser temporariamente suspensa. E agora? Agora, devido à facilidade e o perigo em relação à transmissão do vírus, o outro é visto como uma ameaça vital. Apesar de sempre falarmos que o distanciamento é social e não afetivo, nem sempre é assim que acontece e muitas pessoas estão se afastando do outro por medo ou outras questões que precisam ser trabalhadas.
Devido aos acontecimentos da atualidade, esse momento acentuou uma grave situação recorrente, mas ainda pouco olhada – os episódios de depressão. Um transtorno que já era frequente, agora tem seus casos aumentados. Isso acontece porque, em tempos de pandemia, sentimos insegurança, a rotina precisou ser alterada drasticamente, o contato físico foi reduzido, etc. As indicações anteriores à pandemia eram: saia de casa, visite parentes e amigos, faça atividades em grupo, brinque com seus netos e netas, ou seja, realize todo contato possível, essa é e sempre foi importante. O movimento agora é totalmente oposto: evite sair de casa, evite aglomerações, mantenha uma distância segura, nada de abraços ou beijos. Esses novos comportamentos geraram uma sobrecarga emocional, desencadeando ainda mais os transtornos emocionais e colocando em risco a vida das pessoas de todas as idades. Por isso, encontrar o meio termo, o equilíbrio entre precisar e querer, é importante e urgente. Quantas vezes durante a leitura desse texto você se identificou? Procure ajuda psicológica e lembre que você não está sozinha(o).
Michelle Perez Alves Xavier
Psicóloga
CRP 06/129104
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Atuo como mediadora entre o ser humano e seus sentimentos, possibilitando a reelaboração de traumas, o desenvolvimento de habilidades, a aquisição de novas capacidades e a promoção do autoconhecimento. Sempre respeitando sua individualidade, acolhendo suas questões próprias e escutando seus pontos de vista e necessidades. O atendimento é destinado à jovens, adultos e idosos. Com experiência em ILPI (grau I e II) - promovendo a organização de atividades e acolhimento de idosos moradores da instituição; Acompanhamento terapêutico de jovens e adultos deficientes intelectuais e/ou com síndrome de down; Coordenadora de projetos voltados para a troca de experiências, formação de vínculos ou resgate da própria identidade desenvolvidos com crianças moradoras de casas de acolhimento, jovens e adultos com e sem síndrome de down e deficiência intelectual e idosos moradores de ILPI; Realização de palestras através da campanha Janeiro Branco, lives com foco no público idoso e participação em ONGs e projetos sociais. Coautoria do livro Um Olhar da Psicologia para a Terceira Idade.
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