Frios, Calculistas, Manipuladores e Perigosos, é assim que os famosos psicopatas são vistos. Mas até que ponto isso tudo é verdade? Bom na vida real o psicopata nem sempre é um criminoso. Inclusive, você já conviveu ou convive com alguém com psicopatia e nunca percebeu. Aproximadamente 1 a 4% da população em geral pode apresentar características da psicopatia, sendo mais prevalentes em homens do que em mulheres.

 

Quando o assunto é psicopatia, a tal da Psicologia difere da psiquiatria. Na psiquiatria, a psicopatia é muitas vezes entendida como sinônimo do Transtorno de Personalidade Antissocial, caracterizado por uma tendencia de realizar ações que desrespeitam os direitos dos outros, podendo envolver mentiras, manipulações, violência e crimes.

 

Mas existem vários problemas em pressupor que esse diagnóstico e a psicopatia são a mesma coisa, primeiro, pessoas que cometem crimes variam bastante quanto as suas personalidades. A psicopatia não se relaciona necessariamente com comportamentos criminais ou um histórico de violência ao longo da vida como esse diagnostico sugere. Outro problema com o diagnóstico é que medidas de Psicopatia e Transtorno de Personalidade Antissocial apresentam associações bem menores do que se poderia esperar se uma fosse realmente sinônima da outra.

 

Um crescente números de evidencias na psicologia e na psiquiatria apoia a ideia de que a psicopatia não é uma coisa só e nem um transtorno necessariamente. Muitos psicólogos entendem a psicopatia como um conjunto de característica da personalidade. Embora ainda existam duvidas quantos as quais são as características essências da psicopatia, o modelo triarquico da psicopatia deve integrar as principais teorias e evidencias sobre o assunto.

 

De acordo com esse modelo, a psicopatia pode ser entendida como um de três características de personalidade: a desinibição, a intrepidez, e a insensibilidade. A desinibição envolve grandes dificuldades de controlar impulsos, ser paciente e antecipar consequências de suas ações. Já a intrepidez, envolve a capacidade de conseguir lidar bem com situações estressantes ou perigosas, ser autoconfiante e ter facilidade em se comunicar com os outros. Por último a insensibilidade tem a ver com uma deficiência na empatia, busca constante pelo prazer, mesmo que isso prejudique outras pessoas, falta de envolvimento emocional e relações próximas com os outros, o que muitas vezes leva a pessoa a explorar e agir de forma cruel com as pessoas.

 

Existe uma grande confusão com os termos psicopatia, sociopatia e psicose. Alguns consideram que se refere a mesma coisa, ou quase a mesma coisa, sendo a maior diferença a origem mais social ou biológica de cada um ou quão perigosa a pessoa possa ser. Outros consideram que a sociopatia é um termo ultrapassado e em desuso. Psicopatia também não é a mesma coisa que psicose. A psicose se refere a uma grande dificuldade em diferenciar o que é real e imaginário. Sintomas psicóticos como alucinações e delírios podem se manifestar em qualquer pessoa, independente dos seus níveis de psicopatia.

 

Ainda sabemos muito pouco sobre as causas da psicopatia, mas tudo indica que ela pode ter diferentes causas. Um mito sobre elas é que de que pessoas nascem assim e nunca mudam. Ninguém nasce psicopata, tímido, piadista ou barraqueiro. Todas nossas características são o resultado da interação dos genes com o ambiente, embora algumas delas sejam mais afetadas pelo ambiente que outras. Também sabemos que a personalidade das pessoas geralmente passa por grandes mudanças da infância pra adolescência e da adolescência pra fase adulta.

 

Então mesmo que uma criança demonstre alto nível de insensibilidade, por exemplo, como uma criança que age de forma cruel com animais ou outras pessoas, não vai necessariamente, apresentar essa mesma insensibilidade quando for adulto. Pessoas com maiores níveis de psicopatia, parecem possuir uma amigdala menos reativa. Isso talvez ajude a entender a intrepidez e a insensibilidade dessas pessoas, já que a amigdala está por detrás das nossas reações emocionais. Também já foram observadas algumas anormalidades no córtex frontal dessas pessoas, o que pode estar por detrás da desinibição delas, mas esses dados são ainda pouco conclusivos.

 

Outro mito sobre esse assunto é que não existe tratamento pra psicopatia. Primeiro que como já falou, a psicopatia não é necessariamente entendida como um transtorno mental que demande tratamento. Mas mesmo considerando os casos nos quais esse conjunto de características prejudica muito as outras pessoas e a própria pessoa, a crença que o tratamento é impossível carece de evidencias. Pelo contrário, existem algumas evidencias de que o tratamento intensivo pode trazer benefícios e mesmo em casos envolvendo longo histórico de violência, o tratamento pode ajudar a reduzir esse tipo de comportamento.

 

E aí tem mais alguma duvida sobre a Psicopatia? Alguma curiosidade? Me mande uma mensagem.

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