Não há uma resposta única para essa pergunta, mas como psicóloga, o que é perceptível é que essas pessoas, sendo elas seus familiares ou amigos, acreditam que por terem sofrido e por terem “conseguido aguentar”, então você também consegue. Bom, temos aí uma mentira.

Em primeiro lugar, sim, todos sofremos. O que devemos tomar cuidado é não comparar os sofrimentos pois cada um sente com uma intensidade e reage de tal forma que nem sabia que poderia ser possível. Quando estamos mergulhados no medo, na angústia, na ansiedade e na tristeza, simplesmente sentimos e não raciocinamos. Claro, isso é compreensível, afinal tudo pode ser tão intensamente experienciado que não há espaço para prestar atenção aos pensamentos e mensurar o quanto daquilo é real ou não.

E dói

Machuca

Prejudica

Cansa

E aí passa

Mas aos poucos parece diminuir, e do nada tudo volta

Dói

Machuca

Cansa

Diminui mais uma vez

E repete, repete, repete…

Parece um ciclo sem fim

Esse é um padrão tanto em transtornos mentais quando em questões clínicas não decorrentes de transtornos. Há questões que podem potencializar esse ciclo de sofrimento entre elas: personalidade, estado de saúde em geral, quantidade de situações estressoras e resiliência.

Mas, voltando a pergunta do título, por qual motivo aqueles que amamos e com quem convivemos não validam nosso sofrimento mental?

Entre as hipóteses, a mais recorrente é: o sofrimento dessa pessoa não foi validado também, logo, o jeito que ela tem de lidar com a dor dos outros é a mesma com a qual a dor dela foi lidada, de forma a não dar importância.

Além disso, essa pessoa ainda pode estar sofrendo, sendo aquele familiar constantemente estressado ou ansioso que não presta atenção aos demais logo, para não ter mais “uma coisa para lidar” escolhe, intencionalmente ou não, por não levar a sério a sua dor, afinal, se ele teve que aguentar e ainda aguenta, então por que você não aguentaria?

 

Além disso, aquilo que é palpável é mais fácil de ser validado. As pessoas não percebem que brigas, sensação de angústia, apatia, tristeza sem motivo já são sintomas e que devem ser levados a sério. E, aos poucos, as situações e sintomas vão sendo acumulados até o ponto de estourar e trazerem danos nas relações pessoais e profissionais, na sua forma de perceber o mundo e na estrutura neuropsicológica.

Bom, caso você tenha chegado até aqui pode estar se perguntando, “Suélen, então como eu faço para que o meu sofrimento seja levado a sério por essas pessoas”?

Caro(a) leitor(a), não há uma resposta certa para isso. Só posso dizer que isso pode acontecer ou não, mas que esse não deveria ser o seu foco no presente momento. E sabe porquê? Por que se você está sofrendo, então a prioridade deve ser você! Primeiro, buscar ajuda profissional, para depois ver se é necessário que os outros validem seu sofrimento. Afinal, quando conseguimos melhorar o nosso aspecto psicológico, a opinião alheia passa a não ter o mesmo impacto de antes, pois você entende que mesmo que as outras pessoas não consigam validar o seu sofrimento, você válida, e na relação que existe entre você e sua saúde mental, você é protagonista e o maior responsável por fazer essa mudança de qualidade de vida.

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