Histórias são formadoras e produzem verdades, desde o início de nossa vida são elas que nos ensinam sobre os valores daqueles que nos cercam, sobre nossa cultura. Contudo, apesar das estórias coletivas serem de extrema importância em nossa constituição social, são as trajetórias particulares e locais que dizem quem somos e qual o processo que estamos vivendo.
Atualmente, vivemos em um mundo de estórias pré-fabricadas e prontas para se adaptarem a cada individuo consumidor, deixando a experiência de moldá-las mais rasa. Em busca de uma comodidade incomoda abrimos mão de nossa potência criadora e a colocamos nas mãos de marqueteiros interessados em lucro.
Quais histórias e quais processos são realmente potentes e fazem sentido para você? Como diferenciar nossos sonhos de ideias publicitárias de felicidade? A busca por estas respostas parece passar, inevitavelmente, pelo cultivo e cuidado de ideias próprias que buscam nas raízes de nosso cultura e nas asas de um futuro coletivo ainda em construção. Processo trabalhoso, mas extremamente significativo e recompensador.
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Ana Beatriz Martins Brito
Formada em 2019 pela Universidade Federal Fluminense, com dois anos de estágio na clínica. Experiência no campo educacional trabalhando com crianças e adolescentes desde 2014, hoje trabalho como mediadora em uma escola montessoriana, onde aprofundei meus conhecimentos sobre distúrbios da aprendizagem e sociais. Trabalho de forma transdisciplinar, o que significa que as experiencias individuais e os mais diversos campos de conhecimento se fazem presentes no momento da clínica. Atuo também com projetos culturais voltados para a questão das narrativas, e meios de fertilizar espaços para o surgimento de novas e velhas vozes. O último projeto que propus foi premiado pelo município de Niterói com o prêmio Erika Ferreira de criação, disponível no link: https://youtu.be/B8BWBIQ900I. Por essa razão, a poesia se faz uma ferramenta também durante a atuação na clínica, trabalhando junto da criação narrativa do próprio analisando para a abertura de novos significados produzidos durante o processo terapêutico.
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